Uma ala da oposição dentro do Congresso Nacional trabalha para emplacar uma guerra política que mira o Supremo Tribunal Federal (STF).
Isso após a Primeira Turma tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu por tentativa de golpe de Estado.
O líder do PL diz que, caso Motta não tome providências sobre o PL da anistia, o seu partido, que é o maior da Casa, com 92 deputados, vai obstruir todos os trabalhos na Câmara, incluindo plenário e comissões. Nesta semana, o PL, o Novo e os líderes da oposição tentaram emplacar o início da obstrução na Câmara, mas houve falhas e o movimento não teve êxito.
Na avaliação de governistas, andar com a proposta da anistia no momento de um julgamento sobre tentativa de golpe de Estado seria trazer a Câmara para uma discussão que, neste momento, deve ficar no campo judicial.
Um dos objetivos do movimento da oposição com a proposta seria tentar tirar do STF o julgamento contra Bolsonaro. Nesta semana, o deputado Sanderson (PL-RS) pediu ao presidente Hugo Motta, por meio de um ofício, que coloque a PEC em votação no plenário.
O Metrópoles procurou Sanderson, que disse pretender se reunir com Motta assim que ele voltar de viagem para pedir que o texto seja pautado.
“Vou conversar com o presidente Hugo Motta assim que ele chegar, para reforçar o que já fiz por requerimento oficial: incluir a PEC na pauta do plenário”, disse o deputado.
Desde 2019, diferentes parlamentares tentam fazer a proposta ser votada no plenário, mas sem sucesso. Os últimos dois presidentes anteriores a Motta, Arthur Lira (PP-AL), e Rodrigo Maia (PSDB), não pautaram o tema no plenário. Diversos congressistas rejeitam o fim do foro privilegiado, pois entendem que juízes e políticos opositores podem perseguir mais facilmente na primeira instância da Justiça